A crise que afetou em cheio o mercado imobiliário provocou uma onda de renegociações entre empresas e consumidores. Para evitar os tradicionais distratos — quando o consumidor desfaz o contrato de compra e venda na planta e pede a devolução de parte do valor pago —, que afetaram quatro em cada dez vendas de imóveis no ano passado, as construtoras passaram a negociar ao máximo com o consumidor.
Em alguns casos, aceitaram até trocar o imóvel adquirido pelo comprador por outro de menor valor. Em outros empreendimentos, as empresas desistiram de projetos já lançados. Mês passado, um “acórdão” firmado por Procons de todo o país, representantes do governo federal e entidades empresariais do setor determinou a criação de regras claras para os distratos. Além de proteger os consumidores, as regras poderão dar um alento ao mercado imobiliário, preveem empresários.
No ano passado, foram vendidos 108.906 imóveis no Brasil. E houve 49.955 distratos — 45% do total de vendas. Nos dois primeiros meses de 2016, os distratos perderam fôlego. Foram 5.305, 21,7% menos que nos dois primeiros meses de 2015.
Fonte: Extra