Fonte: Folha de S. Paulo
As medidas que o governo federal anunciou para janeiro como forma de ampliar o crédito imobiliário, como a elevação do valor de financiamento de imóveis com recursos do FGTS de R$ 950 mil para R$ 1,5 milhão, podem ser adiantadas e entrar em vigor ainda neste mês.
O setor imobiliário teme que as compras previstas para este semestre sejam postergadas para o ano que vem para garantir acesso às novas regras.
Por isso, as empresas da área negociam com o CMN (Conselho Monetário Nacional) para que as mudanças possam valer a partir de agora.
O Banco Central não comenta o assunto, mas tanto instituições financeiras quanto entidades do setor afirmam que o CMN já deu sinal positivo para a alteração e deve publicar nos próximos dias resolução antecipando a medida.
De acordo com levantamento do Secovi (sindicato do mercado imobiliário), há na cidade de São Paulo 1.933 imóveis para serem comercializados na faixa entre R$ 900 mil e R$ 1,5 milhão, inclusos, portanto, na nova faixa de financiamento via FGTS.
As novas regras preveem ainda que os bancos possam usar indexadores diferentes da TR (Taxa Referencial), como os índices de preços, na constituição do crédito.
Isso permite que as instituições negociem as carteiras de financiamento com investidores estrangeiros e, consequentemente, ampliem os recursos destinados para o crédito imobiliário.