Um ano após o fim do prazo para a entrega do laudo de autovistoria predial, um dos fatores que podem explicar a baixa adesão à lei – apenas 12% dos prédios do Rio obrigados a fazer a verificação já o fizeram – é o custo extra que é imposto aos condôminos.
Especialistas do setor imobiliário e da construção civil explicam que, em tempos de crise econômica e com a obrigatoriedade da lei, não tem jeito: o condomínio precisa adequar o seu orçamento, adotando algumas medidas, para não ser notificado e nem multado, o que pode trazer um custo até maior.
O coordenador de condomínios João Ferraz relata que, em média, o laudo de autovistoria custa de R$ 3 mil a R$ 4 mil em prédios pequenos, de até seis andares e 40 unidades, mas pode chegar a R$ 50 mil ou R$ 60 mil em grandes empreendimentos.
– Muitos prédios não estavam preparados para arcar com a despesa. Nós buscamos, então, parcerias com empresas que pudessem prestar este serviço (cobrando) de forma parcelada, tranquila, com uma boa previsão de gastos. Procuramos também orientar os síndicos para que pudessem reduzir algumas despesas, a fim de sustentar as obras da autovistoria. Ou seja, houve planejamento, com redução de despesas e parcerias com empresas, a fim de executar as obras dentro do prazo previsto, mas com o menor investimento possível – afirma João Ferraz.
Segundo Rogério Salomão Mussi, vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), a autovistoria custa, em média, R$ 300 por unidade, no caso de apartamentos com cem metros quadrados, num prédio com 30 a 40 anos de existência.
– O preço varia de acordo com a idade do prédio e com os elementos que o condomínio têm para subsidiar o laudo. Há alguns que não têm documentação, não têm convenção… Com mais informações, o laudo é melhor elaborado – explica Mussi.
Fonte: Extra/Imóveis (9/8/15)