Diferente do Minha Casa Minha Vida (MCMV) tradicional, O MCMV Entidades financia cooperativas de moradores que gerem os recursos e constroem suas próprias casas. “Foram quatro anos de muito trabalho, muita entrega e pouco descanso, mas eu tenho orgulho de dizer que ergui cada pedacinho da minha casa. Vou batalhar muito para fazer desse lugar um canto especial de viver”, contou Maria Ribamar Figueiredo Freitas. A ideia é fomentar a autogestão e possibilitar que os próprios moradores façam parte de todo o processo de planejamento e construção dos conjuntos
Tijolo por tijolo, as casas foram subindo nos últimos quatro anos, em sistema de mutirão. Cimento, fiação, acabamento. Tudo feito pelas mãos dos futuros donos e donas das casas, a maioria delas antes sem experiência no assunto. O conhecimento surgiu também do coletivo.
O Esperança será o primeiro conjunto habitacional inaugurado no Rio de Janeiro com recursos do Programa Minha Casa Minha Vida Entidades, criado em 2009 pelo governo federal e ainda muito pouco conhecido na maior parte dos estados. Ligado à Secretaria de Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, com recursos da Caixa Econômica Federal, o Entidades nasceu depois de muita luta dos movimentos sociais pelo direito à moradia, com o objetivo de tornar este direito acessível às famílias organizadas por meio de cooperativas habitacionais e associações. Na prática, a proposta é fomentar a autogestão e possibilitar que os próprios moradores façam parte de todo o processo de planejamento e construção dos conjuntos habitacionais, diferentemente do que ocorre na linha tradicional do programa Minha Casa Minha Vida.
As famílias beneficiadas têm renda mensal entre 0 e R$ 1.600. A contribuição mensal é calculada de acordo com a renda que foi declarada no início da construção e será iniciada no momento da mudança para a nova casa. Todos e todas continuarão fazendo os pagamentos mensalmente, durante os próximos dez anos.
Fonte: Canal Ibase (22/5/15)