A capital paulista vendeu 732 imóveis residenciais em fevereiro de 2015, segundo dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Desses, 203 são unidades de um dormitório, representando 28% do total. No comparativo com fevereiro de 2014, que vendeu 74 unidades, as vendas subiram 174%.
A tipologia de um dormitório foi a única que avançou em vendas no comparativo de 2014 para 2015. As comercialização das unidades de dois dormitórios recuaram 41%, de três quartos caíram 49% e de quatro dormitórios diminuíram 8%.
Em valor geral de vendas (VGV), o mercado de unidades dessa tipologia foi de R$ 59 milhões em fevereiro último, 53% maior que o mesmo período de 2014, quando atingiu R$ 35,8 milhões em vendas.
O segmento de um dormitório também se destacou em valores. No comparativo fevereiro de 2014 e fevereiro de 2015, a tipologia de dois dormitórios recuou 18%, de três quartos, 43% de quatro dormitórios, 12%.
A pesquisa do Secovi-SP também é segmentada por faixa de metro quadrado. Os apartamentos com metragem menor que 45 m² somaram 213 unidades vendidas em fevereiro, alta de 8% em relação ao mesmo mês de 2014 (198 unidades), segundo dados do Secovi-SP.
“A situação etária no Brasil favorece o consumo de apartamentos compactos. Há muita gente na faixa dos 30 anos que quer morar em uma região mais central, por exemplo, onde a disponibilidade dessas unidades é grande”, diz o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes.
Segundo ele, os imóveis compactos são atrativos de acordo com a demanda de cada região e a tendência é que o produto continue interessando este público mais jovem. “Se quiser morar em uma região mais central e mais valorizada, a pessoa vai pagar um valor maior de metro quadrado por uma metragem menor de imóvel”, diz.
O presidente do Secovi-SP ressalta que o comprador vai continuar interessado em imóveis bem localizados, onde estão os mais compactos. “A tendência é essa”, afirma.
Embora imóveis de dois dormitórios continuem no topo da lista dos mais vendidos – foram 330 unidades comercializadas em fevereiro, representando 45% do total -, os apartamentos do tipo estúdio (sem quartos) e de um dormitório caíram no gosto do paulistano, de acordo com os dados da pesquisa Secovi-SP. E o mercado imobiliário ainda mantém olhos para esse segmento.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 12/4/15