Como armazenar água de chuva corretamente? Quais usos podem ser dados a esta água após a captação? As respostas para essas e outras perguntas nortearam o debate promovido pelo Secovi Rio na tarde da última sexta-feira, 10 abril. O encontro contou com a presença de síndicos, especialistas ambientais e empreendedores, todos com o mesmo objetivo: economizar água de forma segura, criativa e viável para o condomínio.
Com a missão de mediar o debate sobre água de chuva entre o síndico Hélio Breder, o consultor ambiental Charles Domingues e o coordenador de Vigilância Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde Marcus Vinicius Ferreira, o Vice-Presidente Administrativo e de Recursos Humanos do Secovi Rio, Ronaldo Coelho Netto, abriu o evento com um depoimento pessoal, ressaltando a importância de se economizar água em casa:
“Eu só fui me dar conta do quanto eu gastava de água quando me mudei de um apartamento para uma casa. Acho que quando o cenário nos mostra uma maior oferta de água, a gente acaba relaxando em relação à economia, mas precisamos empunhar uma bandeira que diga: não é porque está chovendo que vamos relaxar de novo! Precisamos promover essa mudança de cultura e é por isso que estamos reunidos aqui hoje” – destacou Ronaldo.
Preocupação com a segurança deve fazer parte do plano de captar água de chuva
O síndico Hélio Breder, que já nos mostrou aqui como criou um sistema para captar e armazenar água de chuva no seu edifício, contribuiu com a sua experiência pessoal para o debate.
A mesa redonda seguiu discutindo a questão da segurança ao se realizar o armazenamento de água de chuva. Marcus Vinicius Ferreira, da Vigilância Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde, ressaltou que o fluxo de pessoas contribuiu muito para a disseminação de epidemias de dengue e da mais recente febre Chikunguya, também transmitida pelo mosquito Aedes Aegypt.
Ele também destacou os pontos mais comuns de se encontrar focos das doenças nos condomínios: ralos das áreas comuns, pratos de plantas e nas cisternas e caixas d´água.
Economia de água também é uma questão de sobrevivência
O consultor ambiental Charles Domingues falou sobre os diversos tipos de água existentes e as suas diferentes aplicações para reúso, ressaltando a importância de se classificar a água antes de reutilizar, para assim entender o uso desejado para a mesma. Charles apresentou rapidamente a classificação abaixo:
Classe 1 – lavagem de carros
Classe 2 – lavagem de pisos, calçadas e irrigação
Classe 3 – reúso em descargas e vasos sanitários
“Não é só guardar e usar. É preciso tratar. A água errada utilizada nos banheiros pode oxidar as válvulas e os encanamentos, por exemplo. Para irrigação de plantas, a aplicação de cloro na água de chuva já é suficiente. Na lavagem de carros, é preciso ter cuidado para que a água não oxide a lataria” – explica Charles, que ressalta ainda: para ter reúso de água também é preciso ter reservatório e para isso o condomínio precisa de espaço.
E por falar em lavagem de carros… A abertura do evento buscou trazer uma ideia inovadora no que diz respeito a economia de água. Gui Motta, sócio fundador da empresa Lavamos Nós, responsável pela criação de um sistema de lavagem ecológica de carros que utiliza apenas um copo d´água e produtos biodegradáveis para executar o serviço, apresentou o seu negócio e mostrou aos síndicos presentes como pode ser simples economizar água na hora de lavar o carro.
Fonte: Secovi Rio (13/4/15)