23 de janeiro de 2015
No período férias, a garotada não dispensa as brincadeiras no playground. Por isso, é importante estar em dia com a manutenção dos brinquedos para evitar acidentes. Além da norma NBR 16071:2012, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o Inmetro também estuda uma possível regulamentação dos brinquedos do play.
“Toda vez que uma peça chega, é importante anotar orientações de limpeza e manutenção no livro de registro de inspeção do espaço. A existência do livro é obrigatória e deve ser aberta ao público. É necessário que os pais participem da sua elaboração, contribuindo caso vejam algo errado”, ressalta João Ferraz, coordenador de condomínios da Apsa.
Há três tipos de inspeções: rotineira, em que se analisa perigos óbvios ou atos de vandalismo; registrada, para identificar corrosão, desgastes ou deterioração, feita trimestralmente; e a certificada, promovida pelo fabricante ou profissionais certificados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) ou o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), duas vezes ao ano. Ferraz lembra ainda que, em condomínios novos, as construtoras são responsáveis pelos equipamentos até cinco anos após a entrega do imóvel.
É necessário verificar se os materiais são atóxicos, se não há parafusos frouxos ou desencaixados, farpas expostas ou pregos enferrujados. Pisos desnivelados, partes sem tinta, áreas de madeira não impermeabilizadas e que não permitem escoamento de água, peças sem lubrificação ou com problemas na solda também devem ser vistos.
Outra orientação é manter um espaço livre de, no mínimo, 1,30m entre os brinquedos. “A equipe de limpeza deve ficar atenta principalmente aos brinquedos com areia, cobrindo-os quando não estiverem em uso e trocando a areia periodicamente”, completa o coordenador.
A escolha do piso do playground também deve ser levada em consideração. Materiais de borracha podem ser uma boa alternativa, pois diminuem o atrito com o chão e melhoram a aderência dos brinquedos, evitando acidentes.
“A espessura das placas deve ser escolhida de acordo com o máximo da altura que as crianças podem chegar em cima dos brinquedos”, diz.
Ele lembra que é preciso analisar a data de aposentadoria do brinquedo. Os de plástico têm vida útil média de três anos. Os com estrutura plástica e metálica duram entre 15 e 20 anos. “Em caso de dúvida, consulte o fabricante. Ele é obrigado a informar a vida útil do produto”, orienta Ferraz.