19 de janeiro de 2015
Com investimentos de revitalização e mobilidade previstos, Centro, Pendotiba e Região Oceânica são as grandes apostas do mercado imobiliário e os imóveis já apresentam uma valorização expressiva. Em um balanço geral, apesar do impacto sofrido no ano passado pela Copa do Mundo e eleições, especialistas do mercado imobiliário garantem que a região Leste Fluminense foi uma exceção para o setor, mantendo o ritmo de negócios, enquanto outras regiões ficaram estagnadas.
“Algumas áreas de Niterói já estão escassas e, por isso, a criação do novo plano diretor e a revisão dos planos urbanísticos regionais da cidade, que estão previstos, serão um novo estímulo para o setor imobiliário”, afirma Naum Ryfer, diretor da Pinto de Almeida Engenharia, empresa associada à Ademi-Niterói. Segundo ele, já a partir desse ano, os bairros beneficiados por esses novos parâmetros serão os mais procurados pelo mercado imobiliário.
“Tanto as Olimpíadas de 2016, quanto os índices do IDH (Índice de Desenvolvilmento Humano) de Niterói, apontado como um dos melhores do Brasil, trarão reflexos positivos para a cidade a partir de 2015, iniciando um ciclo de avanços urbanos. Acredito que Pendotiba e a Região Oceânica, com a solução de seus problemas de mobilidade encaminhada, sejam as grandes estrelas de uma nova forma de morar na cidade”, declara Naum.
Já para o diretor-geral da Brasil Brokers Niterói, Bruno Serpa Pinto, o Centro é uma das grandes apostas que começa a despontar em 2015. Segundo ele, a requalificação em andamento vai fazer com que as pessoas voltem a buscar o bairro para moradia.
“Niterói com certeza vai se consolidar como a capital do Leste Fluminense e cidade mais desenvolvida da região. O município passa por uma nova fase, se planejando, investindo em infraestrutura, e isso traz um novo ânimo para todos os setores e também a retomada da capacidade de investimentos da cidade. Uma das principais ações dessa retomada é a requalificação do Centro, que tem a construção do complexo Monumental Niemeyer como marco”, afirma Serpa Pinto.
Investimentos – Destaque da nova fase de investimentos imobiliários na cidade, o Centro já apresenta expressiva valorização dos imóveis, como no caso do apartamento da advogada Rosana Bolorine, de 45 anos, que em três anos dobrou de preço.
“Vim com minha família para cá buscando facilidade. Morava em São Gonçalo e trabalhava no Rio de Janeiro e aqui no Centro tudo ficou mais próximo. São muitas facilidades, tem tudo perto e com preços em conta. Por conta disso, no dia a dia tenho mais tempo para a família e se for preciso ir para o Rio, não preciso enfrentar o trânsito da Ponte Rio-Niterói. Além de todas essas vantagens, desde que compramos esse imóvel na planta, constatamos uma valorização de mais de cem por cento, ou seja, foi um ótimo investimento, que possivelmente vai se valorizar ainda mais” comemora a advogada.
Saldo positivo – Para Bruno Serpa Pinto, o mercado imobiliário brasileiro sofreu com a realização de eventos como a Copa do Mundo e as eleições no ano passado. No entanto, ele afirma que o Leste Fluminense é uma região que surpreendeu e teve um desempenho melhor até mesmo que a cidade do Rio de Janeiro.
“Independente dos obstáculos, não podemos nos queixar de 2014. A região teve números surpreendentes, muito acima da média. Tivemos vários casos de sucesso, como em Itaboraí, onde 400 unidades foram vendidas em 4 horas e 560 lotes em um sábado. E em Niterói com o Oscar Niemeyer Monumental, que após concluir a venda das salas e lojas, já está em fase de negócios do hotel”, explica o diretor-geral da Brasil Brokers Niterói.
De acordo com o diretor da Pinto de Almeida, 2014 se igualou ao ano anterior em números de negócios em Niterói.
“Temos certeza que nosso setor é visto como importante para crescimento econômico da cidade pela administração pública. Não só porque construímos moradias, mas pelo efeito multiplicador da atividade, quanto a geração de empregos diretos e indiretos e pagamentos de impostos. O impacto das dificuldades econômicas dos últimos tempos também atingiu o mercado imobiliário, no entanto, podemos dizer que Niterói foi quase um oásis nessa fase”, ressalta Naum Ryfer.
Fonte: O Fluminense (18/01)