11 de dezembro de 2014
Uma pesquisa realizada pelo FipeZap revela que o número de pessoas interessadas em comprar um imóvel para investir no país caiu no terceiro trimestre deste ano. De julho a setembro, apenas 20% tinham tal objetivo, enquanto que no trimestre anterior (abril a junho), o interesse de investimento era de 39%. O primeiro trimestre do ano foi o mais expressivo, com 52%. A intenção também caiu em relação ao terceiro trimestre de 2013, cujo foco investidor era de 41%.
Uma das explicações, segundo os pesquisadores do FipeZap, é o otimismo referente aos preços do imóveis. No segundo trimestre, 20% das pessoas que declararam ter interesse em comprar um imóvel a curto prazo acreditavam que os preços subiriam acima da inflação nos próximos 10 anos. Este percentual, porém, diminuiu no período de julho a setembro para 16%. Isso significa que mais pessoas preferem esperar, sem receio de uma abrupto aumento.
Em relação ao tipo de imóvel e objetivo de compra, entretanto, a pesquisa leva em consideração os últimos 12 meses e não apenas o terceiro trimestre. Assim, em 2014, a maioria dos imóveis comprados era de usados (60%), contra 40% de novos. O objetivo principal apontado no ano é o de morar sozinho (41%), seguido por investir para revenda (24%), investir para aluguel (18%), morar com alguém (10%) e os que estão comprando para outra pessoa morar (7%). Já a expectativa do tipo de imóvel para compra nos próximos três meses é incerta. Do total de entrevistados, 14% responderam que querem um imóvel novo; 36%, usados; e 50% “tanto faz”.
DESCONTOS MAIORES PARA IMÓVEIS MAIS CAROS
O levantamento aborda também quais foram os percentuais de descontos médios nos trimestres. Neste caso, houve um sutil aumento. No terceiro deste ano, as reduções de preço nos imóveis ficaram em torno de 7,5%; no segundo trimestre, 7%; e no primeiro, 7,4%. Nos mesmos períodos de 2013, foram 5,5%, 8,2% e 5,9%, respectivamente.
O percentual de desconto varia conforme o preço do imóvel. Até R$ 300 mil, a média de desconto é de 6,3%; de R$ 301 mil a R$ 500 mil, de 6,4%; de R$ 501 mil a R$ 1 milhão, 8,4%; e acima de R$ 1 milhão, na faixa de 7,7%. Isso significa que os imóveis mais caros são os que têm maior redução no preço na hora da compra.
Fonte: O Globo (11/12)