25 de novembro de 2014
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) se manteve praticamente estável em novembro, registrando variação de 0,3%, após alta de 0,2% no mês anterior, informou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). No ano, o índice acumula 6,46% e, nos últimos 12 meses, 6,70%. O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
O índice Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,43% para 0,4% este mês, tendo no ano acumulado 5,16% e, em 12 meses, 5,4%. O índice referente à Mão de Obra subiu 0,22%. Em outubro não havia registrado variação. No ano registra 7,67% e nos últimos 12 meses 7,9%.
Em novembro, quatro capitais apresentaram aceleração em suas taxas de variação: Salvador, Brasília, Recife e Porto Alegre. O Rio e São Paulo, porém, tiveram desaceleração, passando de 0,19% para 0,06% e de 0,26% para 0,22%, respectivamente. Belo Horizonte foi a única cidade que manteve a mesma taxa de variação do período anterior, de 0,09%.
CONFIANÇA SOBE 1% EM NOVEMBRO
A confiança no setor de construção voltou a subir em novembro, após bater a mínima histórica no mês anterior, com melhora nas perspectivas atuais, mas um movimento ainda insuficiente para mudar a tendência de perda de força no setor. O Índice de Confiança da Construção (ICST) avançou 1% neste mês, ao passar a 97,9 pontos, sobre 96,9 pontos em outubro e menor nível histórico, informou também a FGV nesta terça-feira. O indicador havia recuado nos últimos dois meses.
“A melhora da confiança em novembro não permite ainda vislumbrar mudanças significativas no cenário do setor. O indicador de expectativas com a demanda para os próximos três meses atingiu o patamar mais baixo da série”, afirmou a coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE, Ana Maria Castelo, em nota.
“A previsão de contratação continuou a evoluir negativamente, o que significa que as demissões podem ser mais fortes nesse final de ano”, acrescentou.
No mês passado, a alta do índice veio sobretudo da melhora no grau de satisfação do empresariado em relação à situação atual, com o Índice da Situação Atual (ISA-CST) subindo 2,3%, após recuar 6,5% em outubro.
Segundo a FGV, o indicador que mede o grau de otimismo com a demanda para os próximos três meses recuou 3,2% no período.
Fonte: O Globo (25/11)