O Índice FipeZap, que calcula o valor médio do metro quadrado anunciado em 20 cidades brasileiras, teve variação de 0,55%, em setembro. Apesar da alta, o resultado está mais uma vez abaixo do registrado nos meses anteriores: em agosto, a variação fora de 0,68%. Em julho, havia sido de 0,8%. No ano, o indicador acumula 5,4% e, nos últimos 12 meses, 9,16% — este foi o 10º mês consecutivo de desaceleração desde outubro do ano passado. O Rio passou de 0,47% em agosto para 0,4% mês passado, tendo acumulado no ano 6,56% e, nos últimos 12 meses, 10,14%.
A variação mensal média do país é ligeiramente superior ao IPCA previsto para o período, de 0,43%, segundo o boletim Focus do Banco Central. Com isso, mesmo com a alta de preços em algumas cidades, estas não foram acima da inflação. Em São Paulo (0,4%) e no Rio, entretanto, a variação chegou a ficar da inflação esperada, ou seja, nessas duas cidades houve queda de preços em termos reais no mês passado.
— A variação mensal em Rio e São Paulo apresenta uma tendência do país de acomodação que deve continuar. Pode-se ter exceções, mas no geral, é isso. Vale destacar que não acreditamos que os preços vão despencar de uma hora para outra. É um esfriamento natural após um período de forte aquecimento — explica o economista da Fipe, Bruno Oliva.
De todas as cidades pesquisadas, as maiores altas ocorreram em Santo André e São Bernardo do Campo, com alta de 1,49%. No acumulado do ano, porém, Goiânia registra a maior variação em setembro, de 10,16%, seguida de Vitória (9,18%) e Campinas (8,57%).
Em relação aos preços, o Rio de Janeiro, como já observado há muitos meses, registra o maior valor médio por metro quadrado, com R$ 10.793, sendo que, no Leblon, a média é de R$ 22.758 e em Ipanema é de R$ 20.345. Nas demais cidades, variam entre R$ 8.277 em São Paulo e R$ 3.316, em Contagem (MG).
Fonte: O Globo (03/10)