As novas formas de repensar moradias e a logística nas cidades demandam profissionais especializados
Foi se o tempo em que sustentabilidade era luxo. Cada vez mais o assunto se torna parte dos valores de um negócio e está na base de projetos. A forma de morar também está mudando e os profissionais precisam se adequar às novidades. Um dos cursos recém lançados que vai ao encontro dessa nova realidade é a pós-graduação Cidades Inteligentes, da Unisuam. O conceito das tais smart cities, como também são conhecidas, é usar ações e tecnologia em prol da melhoria da qualidade de vida. O coordenador dos cursos de pós-graduação lato sensu Jorge Sobrinho explica que a ideia do curso surgiu a partir da necessidade de criar um ecossistema entre graduação, especialização e mestrado que abordasse problemas em comum, através de uma visão sistêmica. A próxima turma terá início em janeiro, é presencial e tem 12 meses de duração.
A proposta de uma cidade inteligente é usar a inteligência humana associada à tecnologia para melhorar a vida das pessoas.
— O curso tem uma visão multidisciplinar sobre os diversos eixos de análise, diagnóstico e intervenção urbana. Dessa forma o aluno estudará temas gerais como cidades colaborativas e sustentáveis, segurança pública, educação e tecnologias nas cidades, além de temas específicos como gestão dos serviços de saúde, esporte e megaeventos urbanos e transporte e mobilidade urbana — diz Jorge Sobrinho.
De acordo com ele, a cidade inteligente não precisa ser construída do zero. É possível transformar uma existente em inteligente, através do desenvolvimento de políticas públicas. Entretanto, as mudanças na área urbana são dinamizadas por ações locais.
— Hoje, a Coreia do Sul é considerada um exemplo nesse sentido. Em São Paulo, as ciclofaixas são um exemplo de ação nesse conceito. E no Ceará estão construindo a primeira cidade inteligente brasileira, em São Gonçalo do Amarante, na qual estão levando em consideração os quatro pilares das smart cities que são arquitetura, meio ambiente, tecnologia e inclusão social.
Outra área que também ganha força é a imobiliária. O núcleo acadêmico da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), que já oferece há um década a pós-graduação em Direito Imobiliário, lançará em 2020 um curso chamado Gestão Empresarial para o Negócio Imobiliário, que terá duração de um ano. Direcionado para administradores, advogados, contadores, economistas e outros profissionais que atuem ou tenham interesse no setor imobiliário, vai abordar temas como gestão de qualidade, financeira e de marketing.
SUSTENTÁVEL
Na UVA, outra novidade. Com início previsto para 2020, a pós “Indústria ecológica, Ecorrelações e Ecoperformance Mercadológica vai apresentar soluções como a logística reversa e outras ideias para uma conscientização ecológica e geração de negócios rentáveis.
— Hoje a sustentabilidade é uma das principais estratégias para agregar valor aos negócios. Essa onda verde já eleva o senso de responsabilidade ambiental das empresas que, por meio de inovações disruptivas, redesenham processos, produtos, embalagens e seus modelos de negócios através de um olhar mais sistêmico, mais preocupado com a biodiversidade, considerando a ecoeficiência dos processos e o uso das energias renováveis —analisa a reitora Beatriz Balena. A PUC-Rio, por sua vez, traz em 2020 o Mestrado Profissional em Ciência da Sustentabilidade para atender uma demanda reprimida por profissionais dos setores público, privado e terceiro setor com formação de pós-graduação nessa temática.
Fonte: O Globo/ Boa Chance