Apenas aluguéis novos de residências de 1 dormitório tiveram alta dos preços em São Paulo quando considerado um período de 12 meses terminado em abril.
A locação desse tipo de imóvel subiu 5,29% no período em termos nominais (sem descontar a inflação), enquanto residências de dois dormitórios tiveram queda de 0,12%, e de 3 dormitórios, de 1,60% em seus preços.
Os dados foram divulgados pelo Secovi-SP na terça 19/5 e, além de beneficiarem novos locatários, dão espaço para quem tem contratos antigos negociar ajustes menores com o proprietário.
Em média, a alta foi de 1,47% no período, valor que fica abaixo do IGP-M (índice de inflação usado como referência no setor), que teve alta de 3,55%.
A defasagem do aumento do aluguel frente a inflação representa ganho para o locatário e ocorre desde agosto de 2014 (veja gráfico abaixo), um reflexo do mau momento da economia.
A última vez em que uma defasagem de preços havia ocorrido fora pontualmente, em março de 2013.
“Os níveis de desemprego começando a crescer, a desaceleração na indústria, e a expectativa sobre os cortes do governo estão gerando essa reação do mercado imobiliário”, afirma Mark Turnbull, diretor de locação do Secovi-SP.
Outro indício de que está mais complicado para locatários encontrar inquilinos é o intervalo em que um imóvel vago demora para ser alugado, atualmente de 15 a 40 dias -o maior da série desde janeiro de 2008. A média é menor para casas (15 a 37 dias) do que para apartamentos (23 a 47 dias).
“As pessoas estão assustadas com a possibilidade de perder emprego, e os preços do aluguel tendem a cair mais por falta da procura do que por outro motivo”, afirma Ricardo Gilius Ferreira, sócio da Parabéns Imóveis, imobiliária da zona oeste de São Paulo.
Fonte: Folha de São Paulo Online (19/5/15)