Em meio à instabilidade que paira na economia do país, cresceu em 300% o número de pessoas que pensam em devolver imóveis comprados na planta, segundo a Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH). As rescisões de contrato, que são chamados de distratos, têm sido bem comuns devido ao aumento da taxa de juros, por exemplo, e a dificuldade de adquirir crédito.
Para falar sobre o assunto, o programa Revista Brasil entrevistou o presidente da Associação Brasileira de Mutuários da Habitação, Lúcio Queiroz Delfino, que falou aos ouvintes da Rádio Nacional de Brasília como os compradores devem reagir para não ficarem no prejuízo com a negociação.
Lúcio Queiroz explicou que, atualmente, o cenário tem sido desfavorável para quem tem que fazer a quitação dos seus imóveis. Isso porque o acesso ao crédito está um pouco mais restrito. Estes imóveis tiveram um reajuste nos preços através do Índice de Inflação da Construção (INCC) dos últimos dois anos, que também não ficou muito baixo. Além disso, a perda de renda tem atrapalhado as famílias a conseguir a ter acesso ao crédito ou mesmo fazer quitação através de outros meios.
O representante da Associação de Mutuários alertou, ainda, que os compradores jamais devem assinar algum documento e receber os valores que julgarem incorretos. Segundo ele, eles devem procurar orientação de um profissional habilitado, uma associação ou o Procon, que vão fazer a negociação com a construtora.
Fonte: Agência Brasil (21/7/15)