A insegurança em relação à redução do orçamento faz com que as pessoas adiem o sonho da casa própria, e, no que diz respeito à locação, a pesquisa de preços também tem sido uma saída comum: todo mundo quer pagar menos. Trata-se de um fenômeno nacional, que no Rio ainda se sente com menos apreensão, devido às obras ligadas às Olimpíadas, que geram valorização em alguns bairros. A oferta de imóveis para venda aumentou na cidade, o que pode ser atribuído à queda na procura e também à entrega de imóveis lançados num período de alta muito forte entre 2011 e 2013.
Com a redução na demanda para compra no primeiro semestre de 2015, foi grande o volume de proprietários que começaram a disponibilizar seus apartamentos para locação, o que gerou aumento expressivo de oferta e queda nos aluguéis. Dos 18 bairros analisados, 17 tiveram valorização menor que no mesmo período de 2014. A maior queda foi apurada no Centro, -11,9%, o que pode ser explicado pelo aumento de 83% na oferta. Humaitá (-10,5%), Ipanema (-7,2%) e Lagoa (-7,2%) ficam no grupo das maiores quedas. Na Zona Sul, o aumento da oferta de unidades para aluguel foi de 59%.
É o que aponta a pesquisa semestral do Secovi Rio, Cenário do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro – 1º Semestre 2015, lançada no dia 18 de agosto, em evento comemorativo do Dia da Habitação. Na ocasião, o economista Ricardo Amorim – colunista na revista IstoÉ e debatedor do programa Manhattan Connection, da Globonews –, palestrou sobre as tendências para o segmento imobiliário.
Fonte: Secovi Rio (19/8/15)