A Câmara Brasileira de Comércio e Serviços Imobiliários (CBCSI) reuniu-se na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em Brasília, em 18 de março, para analisar o quadro econômico do setor, com base em indicadores e trabalhos produzidos pelos Sindicatos da Habitação (Secovis) em defesa do empresariado do setor. O coordenador da Câmara, Pedro Wähmann, apresentou o Perfil Nacional do Comércio e Serviços Imobiliários.
Uma das grandes discussões girou em torno do mercado de locação e compra e venda de imóveis como forma de investimento, com a exploração de dados estatísticos de indicadores do ano de 2014 e as perspectivas para 2015.
Luiz Nardelli, da Rede Avançada de Locação (RAL/PR), abordou os índices nacionais de locação de imóveis residenciais e comerciais para comentar o atual cenário desse mercado. “Há um aumento real da oferta residencial para locação. Por conta disso, o valor do aluguel diminuiu”, explicou. Quanto à locação comercial, levando-se em consideração a alta variação no número de ofertas e os preços ofertados, Nardelli disse que “o drama é maior. A tendência é a locação sofrer bem mais que a residencial”.
A questão do preço das taxas condominiais foi abordada como um dos pontos-chave para locação e escolha do imóvel pelo locador.
Em relação a investimento em locação, o representante do Secovi-DF, Ovídio Filho, falou sobre a situação atual desse mercado. O Distrito Federal serviu de exemplo, ao comentar o alto valor do metro quadrado para qualquer tipo de imóvel na região.
Em relação ao cenário de comercialização, Ariano Cavalcanti (Secovi-MG) mostrou preocupação com os juros. “A taxa de juros tem um reflexo direto no nosso mercado. Analisando a média dos preços no período de 2004 a 2014, o ganho real foi de 3,7%, enquanto a taxa media de juros chegou a 4,6%. Os financiamentos imobiliários no Brasil subiram 3,4% em 2014”.
Fonte: CNC/CBCSI (14/5/15)