Ofertas não faltam nos cadernos de vendas de imóveis. Alguns até com descontos para tentar atrair os clientes. Não falta vontade de comprar, mas sim oportunidade de crédito para os interessados. Com o arrocho das manobras governamentais para conter a inflação, o crédito imobiliário foi afetado. A insegurança complica o cenário de quem tem condições de financiamento, mas teme pelo futuro. Mas para uma parcela da população – aquela que poupou e tem dinheiro guardado – agora é a hora ideal para comprar a casa própria e aproveitar o momento de “estoque cheio” das construtoras e incorporadoras, para conseguir uma ótima negociação.
O mercado imobiliário de Jundiaí, teve retração de 40% a partir de abril em relação ao mesmo período do ano passado. A elevação dos juros pelos bancos públicos nem foi o problema principal. A redução no valor o financiamento com a necessidade de maior porcentagem de entrada, principalmente na aquisição dos usados, complicou o mercado. Normalmente, as pessoas vendiam seus imóveis usados para dar o valor de entrada em um novo. Como ficou mais difícil financiamento para usado, o mercado do novo também foi afetado.
Em bancos privados, o financiamento do imóvel não contempla o valor total das construções. Algumas instituições liberam crédito de até 80% do valor do bem, mas os juros dependem do relacionamento entre clientes e o banco. A Caixa, que detinha grande parte do mercado, modificou o sistema financeiro, aumentou os juros 8,80% e 9,45%, e reduziu o percentual máximo para financiar imóvel com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dentro do programa Pró-Cotista (destinado a quem ganha acima de R$ 5 mil), que caiu de R$ 750 mil para R$ 400 mil.
Com a escassez de crédito, quem tem dinheiro para compra sem necessidade de financiamento está tendo oportunidade única na aquisição. As construtoras estão oferecendo descontos atrativos para os empreendimentos que já estão lançados. Os consumidores conseguem boas negociações.
Fonte: Jornal de Jundiaí (20/6/15)