Para quem sonha com a casa própria, mas não tem urgência em adquirir o imóvel, o consórcio imobiliário é uma opção bem mais econômica do que os financiamentos bancários e vem sendo cada vez mais utilizada. Segundo a Associação Brasileira de Administradoras deConsórcios (Abac), onúmero de novos consorciados no país cresceu 13,8%, no primeiro trimestre deste ano, na comparação com igual período de 2014.
Paulo Roberto Rossi, presidente-executivo da entidade, explica que o consórcio não cobra juros, mas inclui o custo da taxa de administração, que varia de banco para banco e deve ser pesquisado:
– Nós fizemos um cálculo de taxa de administração média de 17,5%, num prazo de 120 meses ou dez anos. Esses 17,5% equivalem a 1,75% ao ano (contra uma média de 10% de juros ao ano no financiamento bancário).
Mensalmente, o consorciado tem a chance de ser contemplado de duas formas: por sorteio ou por oferecer o maior lance no grupo do qual faz parte. Rossi lembra que o cliente pode usar o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em várias situações:
– É possível dar lances e também, depois de contemplado e já morando no imóvel, pagar parte do saldo devedor ou liquidá-lo com o FGTS.
Segundo William Rachid, superintendente da Porto Seguro Consórcio, os custos extras de um imóvel financiado (juros, taxas e seguros) costumam ser, em média, duas vezes e meia maiores do que os de um consórcio.
– Hoje, de cada três negócios imobiliários feitos no Brasil, um já é por consórcio – diz.
Maurício Maciel, diretor de Consórcios da Caixa Seguradora, explica que, por mês, o banco contempla, em média, cinco pessoas por grupo:
– São beneficiadas uma por sorteio e quatro por lance. Mas esses números dependem do saldo do grupo.
Fonte: Extra (18/5/15)