Diante do momento atual de juros altos e de recessão na economia brasileira, uma recuperação mais sólida do mercado de fundos imobiliários só é esperada no horizonte de médio prazo, mas provavelmente para o ano de 2017.
Em 2015 até ontem, o Ifix – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa de Valores de São Paulo – subiu 8,5% para 1449 pontos, mas essa pontuação ainda está 11% abaixo do patamar de 1613 pontos registrado em janeiro de 2013, no auge do boom de fundos imobiliários no Brasil.
O investidor de fundos imobiliários deve avaliar o atual momento de desvalorização das cotas para perceber oportunidades.
De fato, a vacância em imóveis corporativos aumentou para a faixa entre 15% a 20% de acordo com as diferentes regiões do País, enquanto há alguns anos no chamado “boom imobiliário”, a taxa de vacância dos imóveis não alcançava 10%, e em regiões muito valorizadas era zero ou próxima de zero.
Até o início do mês de junho, a preferência dos emissores foi de lançar fundos com títulos imobiliários, ou seja, que poderiam reunir em carteira papéis como letras de crédito imobiliário (LCIs) e com recebíveis imobiliários; e fundos de fundos imobiliários.
No corrente ano, apenas 9 ofertas públicas de cotas de fundos imobiliários foram registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) captando recursos de R$ 4,032 bilhões até o momento.
Nos exercícios anteriores, esse segmento registrava uma atividade maior. Em 2011 foram 39 ofertas públicas (R$ 7,664 bilhões), seguido por 48 lançamentos em 2012 (R$ 14,014 bilhões), mais 34 operações em 2013 que arrecadaram R$ 10,062 bilhões, e depois uma redução para 16 ofertas públicas no ano passado com a captação de R$ 4,726 bilhões.
Fonte: DCI (24/6/15)