Com a piora da economia e o aumento dos níveis de inadimplência dos consumidores, bancos como a Caixa passaram a restringir a concessão de crédito imobiliário. Na tentativa de evitar o desaquecimento do mercado imobiliário, construtoras têm facilitado as condições de pagamento para compra do imóvel e chegam até a bancar parte do valor do financiamento.
É o caso de uma grande construtora, que realiza até o dia 17 de julho, uma campanha que oferece descontos e facilidades na compra de imóveis residenciais e comerciais localizados em 69 empreendimentos pelo país.
Ao comprar um apartamento na planta, a empresa promete devolver aos clientes as parcelas recebidas durante a construção do imóvel se o financiamento não for aprovado pelo banco por insuficiência de renda na entrega das chaves. O benefício é válido por dois meses após o término do contrato com a construtora e, para utilizá-lo, é necessário estar com os pagamentos em dia.
Se o banco não conceder crédito equivalente a 80% do valor do imóvel, a construtora também se propõe a financiar durante três anos a diferença de valor necessária para alcançar esse porcentual, limitado a até 20% do preço da unidade. Já quem quiser investir em imóveis comerciais agora pode financiar a unidade diretamente com a construtora.
Os apartamentos vendidos no evento têm de um a quatro quartos, medem entre 40 metros quadrados e 250 metros quadrados e estão localizados em cidades como São Paulo, Caxias do Sul, Belém, São Luís, Salvador, Manaus e Brasília, entre outras.
A restrição do crédito imobiliário reduz a demanda pela compra de casas e apartamentos. Como consequência, a queda nas vendas das unidades amplia a possibilidade de o comprador negociar descontos nos preços das unidades e realizar um bom negócio.
Por outro lado, financiar um imóvel agora não é indicado para compradores que estejam inseguros em relação à manutenção do seu emprego nos próximos meses. Para quem não tem reservas financeiras para suportar o pagamento das prestações da dívida diante de uma eventual perda de renda, pode ser melhor adiar a compra.
Fonte: Exame.com (12/7/15)