Ser uma metrópole cercada pelo mar e pelas montanhas é um privilégio do Rio. Mas esta condição impõe desafios logísticos para o seu desenvolvimento. São Paulo, por exemplo, cresce em todas as direções e o Rio sequer tem uma zona leste. Com isso, a expansão para outros municípios é natural.
As pessoas que hoje migram da capital para o interior tem novo perfil. Se há alguns anos o estilo “eu quero uma casa no campo” era o desejo de muita gente, hoje os moradores estão interessados em ter todas as facilidades oferecidas nos novos empreendimentos. E, assim como na Zona Oeste e Zona Norte do Rio, os residenciais no modelo condomínio- clubes são bem procurados. Os imóveis que ficam fora da cidade tendem a oferecer uma grande oferta de lazer para seus moradores. Como ficam mais afastados das metrópoles, churrasqueiras, piscina, academia entre outros, são itens que chamam a atenção.
– Eu não tenho uma vida social como se estivesse no Rio, por isso ter uma infraestrutura aqui na Serra é muito importante. Um dos motivos pelos quais escolhi o imóvel onde estou agora é porque tem uma área de lazer completa, com piscina, churrasqueira, academia e sauna – afirma Marcel Dilly, que mora em Teresópolis e pega a estrada todos os dias para ir trabalhar.
Neste cenário, além dos municípios de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, cidades como Maricá, Nilópolis e Petrópolis estão se tornando boas alternativas de investimento na área imobiliária.
– Esses mercados apresentam uma demanda crescente por empreendimentos, sobretudo voltados para a nova classe média, que já representa mais da metade da população fluminense, atraindo as incorporadoras a oferecer padrões dos clubes residenciais da Barra da Tijuca, mas com melhores oportunidades de preço – afirma Luiz Henrique Rimes, diretor superintendente da Aqui Soluções Imobiliárias.
Fonte: O Globo (5/4/15)