Os financiamentos imobiliários estão mais caros desde janeiro e agora o mercado começa a sentir os efeitos desse aperto do crédito. Os aumentos das taxas, segundo alguns profissionais do mercado, variam de 10% a 24% para quem busca imóveis na faixa acima de R$ 650 mil. Os bancos também estão mais criteriosos, exigindo maior comprovação de renda, quando até o final de 2014 as liberações eram mais rápidas.
Nas categorias abaixo de R$ 650 mil, os aumentos dos juros foram menos sentidos, com o impacto girando em torno de 4%. Nas categorias de imóveis para pessoas com renda mais baixa, há metas a serem alcançadas e os financiamentos estão mais acessíveis, principalmente para quem pode usar até 100% do FGTS.
O presidente do Sinduscon-CE, André Montenegro, conta que a restrição do crédito ainda não gerou um grande impacto nas vendas. Como os contratos são de longo prazo, as pessoas interessadas em adquirir um imóvel continuam comprando.
A grande indagação é: até quando o mercado vai segurar esse ritmo? Atualmente, as construtoras já estão fazendo uma seleção mais criteriosa dos projetos que estão sendo postos na prateleira para o consumidor. Há uma clara tentativa de se evitar uma superoferta que repercuta nos preços.
Fonte: O Povo online (10/3/15)