A compra de um imóvel depende de vários fatores: o dinheiro disponível, perfil do investidor – se com filho ou sem, casado, solteiro -, número de quartos, tamanho, localização. Tem gente que prefere os mais modernos, porém compactos e dotados de infraestrutura de lazer, serviço. Outros que não trocam por nada os antigos (usados), com o argumento de que são bem mais amplos, já estão “estabelecidos” – em área central -, custam menos e o poder de barganha é maior.
De acordo com o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-BA), Kelsor Fernandes, a depender de aspectos como posição da torre em relação ao sol, qualidade do acabamento e tempo da construção, um apartamento usado, vizinho a outro de mesmo tamanho, porém recém-entregue, chega a sair, em média, entre 20% e 30% mais em conta.
“Normalmente, este condomínio não possui área de lazer, como piscina, quadra de tênis, academia, sauna. Enquanto os novos contam com projeto mais moderno, têm uma série de atrativos para casais com filho. Mas tem gente que não quer mais saber de prédio com elevador, por exemplo, para poder pagar um condomínio mais barato”, diz Fernandes.
A simples opção pela compra de uma casa que foi habitada por outras famílias, porém, não significa dizer que se está fazendo o melhor negócio. Segundo a arquiteta Ana Paula Magalhães, quem busca um imóvel usado tem de saber que terá pela frente grandes desafios – entre eles o custo de uma possível reforma.
“O custo da reforma deve ser avaliado levando em consideração o benefício que a mesma trará à qualidade de vida do proprietário e como melhoria ao patrimônio. Antes de fechar a compra, sugiro que se consulte um arquiteto experiente em arquitetura de interiores, para se ter uma noção das reais possibilidades e das limitações do imóvel. Deve-se ter em mente também o tempo que se quer levar no imóvel, pois esse custo pode ser diluído com o bom uso”, afirma.
Fonte: A Tarde online (14/2/15)