Os brasileiros começaram o ano menos pessimistas com relação ao mercado imobiliário e a intenção de compra no primeiro trimestre teve alta de três pontos percentuais, em relação aos últimos três meses de 2015, indica a pesquisa Raio-X, da FipeZap.
No último trimestre do ano passado, 43% dos entrevistados informaram ter intenção de comprar um imóvel nos três meses seguintes. Essa proporção aumentou para 46% no primeiro trimestre de 2016. Mas ainda é menor do que a registrada no mesmo período do ano anterior (48%).
A percepção sobre os preços dos imóveis também melhorou. O percentual de entrevistados que classificaram os preços como “altos” ou “muito altos” recuou no 1º trimestre, alcançando o patamar de 57%, entre aqueles que adquiriram imóveis, e de 73%, entre os que têm pretensão de compra. No trimestre anterior, essa proporção era de 64% e 78%, respectivamente.
As expectativas sobre a evolução de preços dos imóveis também estão menos negativas: este foi o segundo trimestre consecutivo com redução no percentual de entrevistados com pretensão de comprar imóveis que acreditavam em queda de preços nos 12 meses seguintes. Com isso, os entrevistados se mostram divididos: 56% acreditam em redução dos preços e 44% esperam que os preços ao menos acompanhem a inflação.
De fato, a negociação está mais favorável a quem compra. Como a demanda está baixa, para não perder comprador, é mais comum a concessão de descontos, que estão cada vez maiores. Desde o início de 2015 cresceram as transações com abatimento de preço: em março, apenas 23,4% das compras feitas nos 12 meses anteriores foram realizadas pelo preço originalmente pedido pelo vendedor. Há um ano, 29% das transações haviam sido fechadas com os preços iniciais de venda. A média dos descontos também seguem em alta em 2016, atingindo o patamar de 9,3%, em março, frente aos 7% registrados há um ano. É o sétimo mês seguido de alta.
Fonte: Extra