Calçadas quebradas e com buracos ou estreitas e cheias de obstáculos são corriqueiras no Rio. Os passeios públicos, de responsabilidade dos proprietários, sofrem com má conservação, uso irregular e falta de acessibilidade. Desde maio de 2014, 15.200 notificações foram emitidas pela prefeitura, uma média de 35 por dia. Desse total, cerca de 30% dos casos ainda não foram resolvidos.
Depois de serem notificados, os responsáveis pelas calçadas têm um prazo de 30 a 45 dias para realizar o reparo. De acordo com o o presidente do IAB-RJ (Instituto dos Arquitetos do Brasil), Pedro da Luz Moreira, esse procedimento seria muito mais fácil se a prefeitura definisse um padrão para utilização de materiais e execução das obras na cidade.
“Cidades como Nova York, Paris e Bogotá já têm a padronização. O padrão definiria rampas, cruzamentos de carro com pedestre e, de maneira geral, privilegiaria o caminhar do pedestre”, explicou ao .
Moreira cita as calçadas dos centros comerciais dos bairros, como a av. Nossa Senhora de Copcabana e a r. Visconde de Pirajá como as mais debilitadas.
Mas apesar de esquecidas, as calçadas desempenham um importante papel na mobilidade urbana: pelo menos 30% das pessoas na região metropolitana do Rio vão ao trabalho por meios não-mecânicos, por meio dos passeios públicos. Por essa razão, para Moreira, as calçadas também deveriam ser consideradas como um modal de transporte.
“Somos todos pedestres. Precisamos de uma cultura de respeito para as calçadas. Elas também devem ser consideradas parte da infraestrutura da cidade. Uma grande porcentagem das pessoas depende desses espaços”, disse.
Fonte: Destak (23/7/15)