Abril foi o melhor mês do ano em vendas de imóveis novos na cidade de São Paulo, conforme os resultados da Pesquisa do Mercado Imobiliário realizada pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação). No mês, foram vendidas 2.185 unidades residenciais, um aumento de 72,5% comparado às 1.267 unidades comercializadas em março e de 1,8% em relação aos 2.147 imóveis vendidos em abril de 2014.
Unidades de 2 dormitórios apresentaram o melhor desempenho, com 60% das vendas (1.311 unidades). O segmento de 1 dormitório teve participação de 23,8% (520 unidades), seguido por imóveis de 3 dormitórios, que responderam por 12,9% do mercado (281 unidades), e dos de 4 ou mais dormitórios, com 3,3% (73 unidades).
O VGV (Valor Global de Vendas) do mês foi de R$ 884,2 milhões, volume 30,8% superior ao de março e 37,2% inferior ao de abril de 2014. “O resultado pode ser reflexo do tíquete médio dos imóveis vendidos, que foi de R$ 405 mil para a cidade de São Paulo em abril, ante R$ 655 mil no mesmo mês do ano passado. Essa redução foi acentuada, ainda, pela comercialização dos imóveis na faixa de até R$ 350 mil, demonstrando que os incorporadores estão buscando ajustar os produtos à faixa de renda na qual a demanda é maior”, avalia Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
Segundo dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), o total de 3.023 unidades residenciais lançadas no município de São Paulo em abril representou alta de 291,1% em relação às 773 unidades de março e de 28,2% comparado às 2.358 unidades do mesmo mês de 2014.
A cidade de São Paulo encerrou o mês de abril com 28.021 unidades ofertadas, o que equivale a um estoque para 23 meses – considerando a média de 12 meses de vendas, que é de 1.230 unidades. A oferta corresponde a imóveis residenciais novos na planta, em construção e prontos, lançados entre maio de 2012 e abril de 2015 (últimos 36 meses).
O mercado imobiliário vem procurando se ajustar à conjuntura econômica atual e à sequência de notícias negativas, como o aumento da taxa de juros e a restrição de crédito imobiliário pela Caixa.
Por outro lado, o ajuste fiscal está em aprovação no Congresso Nacional e existe uma percepção geral de que as medidas propostas pela equipe econômica, se sancionadas e implementadas, poderão melhorar as expectativas dos investidores em relação ao País.
Apesar de dois meses consecutivos de crescimento das vendas, ainda é cedo para se afirmar que o mercado imobiliário esteja se recuperando. “Porém, os resultados apontam que, apesar do cenário econômico difícil, há demanda e o ambiente é de oportunidade para quem deseja adquirir um imóvel”, pontua o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes.
Fonte: Secovi-SP (9/6/15)