03 de novembro de 2014
Quarenta famílias de São Gonçalo, que viviam em barracos na área da sede da antiga Fazenda Engenho Novo, em Monjolos, receberam do Governo do Estado por meio do Instituto de Terras e Cartografia (Iterj), órgão ligado à Secretaria de Estado de Habitação, as 40 primeiras unidades construídas na área com conceito de sustentabilidade. Moradora da Fazenda Engenho Novo há dez anos, Célia Regina Coutinho Moura, de 50 anos, já faz planos de reforma do piso para deixar o novo lar mais aconchegante e a seu gosto. Ela estava ansiosa para ocupar sua casa nova.
“Essa iniciativa mudou totalmente a minha vida. Minha casa antiga na Fazenda era isolada de tudo, tinha infiltrações e estrutura frágil. Se desse um soco na parede, ela corria o risco de desabar”, lembrou a dona de casa, que vive com o marido e a filha, de 22 anos.
As casas sustentáveis têm 42 metros quadrados e contam com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. As paredes dos imóveis são feitas de painel cerâmico pré-moldado, que garante maior conforto térmico, tornando as casas mais frescas no verão e mais aquecidas no inverno. As janelas com tamanho mais amplo do que o comum permitem maior entrada de luz e melhoram a circulação de ar nos ambientes, o que ajudará na redução do consumo de energia elétrica. Outro destaque no projeto de moradia são as placas solares no telhado para aquecer a água do chuveiro e economizar eletricidade. Além disso, também foram criadas redes de esgotamento sanitário que vão permitir a destinação correta das águas residuais e evitar a poluição do lençol freático da região.
Das 40 casas, 32 estão localizadas em uma pequena área urbana da fazenda, e outras oito foram distribuídas para produtores rurais que não tinham moradia ou estavam em estado precário, na área rural da Fazenda Engenho Novo, uma área de 7,5 quilômetros quadrados.
“O objetivo é oferecer moradia digna para essas pessoas e de forma sustentável, para que elas tenham acesso a recursos e possam obter seu ganha-pão”, explicou a presidente do Iterj, Mayumi Sone.
Fonte: O Fluminense (01/11)