A terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) será anunciada oficialmente com exigências e preços diferentes, confirmou a secretária nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, na segunda-feira 9/3, em evento em São Paulo. Ela ainda reforçou que a nova etapa vai contar com o lançamento de três milhões de unidades até 2019, e garantiu que o governo vai focar seus esforços para atender a essa meta.
O secretário de Habitação do Estado de São Paulo, Nelson Luiz Baeta, chegou a indicar durante o evento que o governo estaria pronto para divulgar as novas regras do programa ainda no final de março. A secretária Inês Magalhães, no entanto, chamou a data de “encomenda” e não confirmou o anúncio neste mês.
Questionada sobre as preocupações de crédito, ela afirmou que o financiamento pelo FGTS, que atende o público-alvo do MCMV, não é uma preocupação. Inês estava acompanhada do superintendente executivo de habitação da Caixa Econômica Federal, Luiz Alberto Sugahara, que sinalizou, por outro lado, para uma discussão dentro do banco sobre a questão do encolhimento da poupança e seus impactos sobre o financiamento imobiliário.
A última mudança no limite de preços do Minha Casa, Minha Vida ocorreu em 2012. Na ocasião, o teto das unidades em São Paulo, Rio e Brasília subiu de 170 mil para 190 mil reais. O limite varia de 90 mil a 170 mil reais nas demais cidades, dependendo do número de habitantes. Empresários da construção reclamam frequentemente da defasagem nos preços e na falta de previsibilidade sobre ajustes futuros. Mas consideraram positivo o acordo recente com o governo federal para estender o programa sob as condições atuais, com mais 350 mil contratações, evitando paralisações.
Fonte: Veja Online (10/3/15)