As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo caíram mais de um 30 por cento em agosto na comparação anual, afetadas por consumidores mais receosos sobre a economia e incertezas geradas pelo processo eleitoral.
Em agosto, 1.797 unidades moradias novas foram vendidas na capital paulista, queda de 30,4 por cento ante agosto de 2013, mas avanço de 144,2 por cento quando comparado a fraco mês de julho, informou a entidade que representa o setor, Secovi-SP, nesta sexta-feira.
“Está claro que a demanda existe. Os principais problemas estão relacionados ao poder aquisitivo e à insegurança dos compradores em assumir um compromisso de tão longo prazo, como a aquisição de um imóvel”, afirmou em comunicado o vice-presidente de incorporação e terrenos urbanos da entidade, Emílio Kallas.
O valor geral de vendas (VGV) em agosto atingiu 984,2 milhões de reais, 40,9 por cento a menos em relação ao verificado um ano antes. Na comparação mensal, o valor mais do que dobrou.
De acordo com o Secovi, apesar da expressiva recuperação percentual entre julho e agosto, as vendas do mês passado ainda podem ser consideradas como “tímidas”. Porém, o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, citou expectativa de que o mercado manterá a tendência de retomada até o final do ano.
No acumulado do ano, as vendas caíram 48,8 por cento ante 2013, quando foram vendidas 11.587 unidades, enquanto o VGV do período, de 6,68 bilhões de reais, foi 52,7 por cento menor do que o resultado dos oito primeiros meses de 2013.
Os lançamentos de imóveis residenciais em agosto atingiram 2.115 unidades, alta de 117,4 por cento ante julho e queda de 30,4 por cento na comparação anual, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), divulgados pelo Secovi.
Já no acumulado do ano, os lançamentos caíram 23 por cento, a 14.448 unidades.
“No ano passado, o mercado se comportou muito acima das expectativas, com o lançamento de 5.671 unidades e a venda de 6.361 unidades a mais do que em 2012. Este resultado prejudica eventuais comparações entre este ano e 2013”, disse o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, no comunicado.
Fonte: Extra (03/10)